Que horas são?

sábado, 9 de fevereiro de 2013

                                                       




"..que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. 
Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós." 


(Manoel de Barros)



                 


"A relação entre objeto e imagem é a relação de duas presenças, sem nenhuma mediação."



                                                                           Umberto Eco

 


sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013






"Não se admire se um dia
Um beija-flor invadir
A porta da tua casa
Te der um beijo e partir
Fui eu que mandei o beijo
Que é pra matar meu desejo
Faz tempo que eu não te vejo
Ai que saudade de ocê

Se um dia ocê se lembrar
Escreva uma carta pra mim
Bote logo no correio
Com frases dizendo assim:
"Faz tempo que eu não te vejo
Quero matar meu desejo
Te mando um monte de beijo
Ai que saudade sem fim"

E se quiser recordar
Aquele nosso namoro
Quando eu ia viajar
Você caía no choro
Eu chorando pela estrada
Mas o que eu posso fazer
Trabalhar é minha sina
Eu gosto mesmo é de ocê"


(Álbum: O Grande Encontro II

Música de Vital Farias)









             


                              (ondas: se não há, invente!)


"O fim não é um resumo do relacionamento"




Cinthya Verri


(Médica, escritora, cantora, etc, ilustradora, fotógrafa amadora e apresentadora da Rádio Elétrica)



quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013


SIMPLICIDADE



                             





"(...)Quanto mais simplicidade

Melhor o nascer do dia."




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013



"E bem que viu o bem-te-vi,
A sabiá sabia já.(...)







INSPIRAÇÃO!




SEM FANTASIA


"Vem, meu menino vadio

Vem, sem mentir pra você
Vem, mas vem sem fantasia
Que da noite pro dia
Você não vai crescer

Vem, por favor não evites
Meu amor, meus convites
Minha dor, meus apelos
Vou te envolver nos cabelos
Vem perde-te em meus braços
Pelo amor de Deus

Vem que eu te quero fraco
Vem que eu te quero tolo
Vem que eu te quero todo meu

Ah, eu quero te dizer
Que o instante de te ver
Custou tanto penar
Não vou me arrepender
Só vim te convencer
Que eu vim pra não morrer

De tanto te esperar
Eu quero te contar
Das chuvas que apanhei
Das noites que varei
No escuro a te buscar
Eu quero te mostrar
As marcas que ganhei
Nas lutas contra o rei
Nas discussões com Deus
E agora que cheguei
Eu quero a recompensa
Eu quero a prenda imensa
Dos carinhos teus"



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013




Noite. E  a minha janela é grande e branca. Quase uma tela a ser pintada. Olho pra ela e acho tão branca, nenhuma inscrição ou cor. Mas é noite e a lua está lá, imensa e generosa.  Caminho, volto o olhar para conferir se foi bem fechada, e, então, vejo. A lua emprestou sua luz, iluminou as plantas que se projetaram na janela. Branca,imensa e agora com teatro de luz e sombra para encantar quem vê. É sobre estas simplicidades que tenho falado e, principalmente, buscado para a minha vida.
SIMPLICIDADE é olhar com generosidade para cada situação da Vida. 




                                (o rio que eu vi...)



Arte poética


"Fitar o rio feito de tempo e água
E recordar que o tempo é outro rio,
Saber que nos perdemos como o rio
E que os rostos passam como a água.

Sentir que a vigília é outro sonho
Que sonha não sonhar e que a morte
Que teme nossa carne é essa morte
De cada noite, que se chama sonho.

No dia ou no ano ver um símbolo
Dos dias de um homem e de seus anos,
Transformar o ultraje desses anos
Em música, em rumor e em símbolo,

Na morte ver o sonho, ver no ocaso
Um triste ouro, tal é a poesia,
Que é imortal e pobre. A poesia
Retorna como a aurora e o ocaso.

Às vezes pelas tardes certo rosto
Contempla-nos do fundo de um espelho;
A arte deve ser como esse espelho
Que nos revela nosso próprio rosto.

Contam que Ulisses, farto de prodígios,
Chorou de amor ao divisar sua Ítaca
Verde e humilde. A arte é essa Ítaca

De verde eternidade, sem prodígios.

Também é como o rio interminável
Que passa e fica e é cristal de um mesmo
Heráclito inconstante, que é o mesmo
E é outro, como o rio interminável."


BORGES, Jorge Luis. O fazedor. São Paulo: Companhia das Letras, 2008.

      


              


         

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

                                                     (incompletude...)




[...] "amar é reconhecer sua falta e doá-la ao outro, colocá-la no outro. Não é dar o que se possui, os bens, os presentes; é dar algo que não se possui, que vai além de si mesmo. Para isso, é preciso se assegurar de sua falta, de sua 'castração', como dizia Freud. E isso é essencialmente feminino. Só se ama verdadeiramente a partir de uma posição feminina. Amar feminiza. É por isso que o amor é sempre um pouco cômico em um homem, porém, se ele se deixa intimidar pelo ridículo, é que, na realidade, não está seguro de sua virilidade." [...] "Mesmo um homem enamorado tem retornos de orgulho, assaltos de agressividade contra o objeto de seu amor, porque esse amor o coloca na posição de incompletude, de dependência."


(Miller - Amamos aquele que responde à nossa questão: 'quem sou eu', Correio 71)