Que horas são?

quarta-feira, 24 de abril de 2013


"O amor não tem portas que possamos abrir e fechar, nem passagens secretas para um sótão onde possamos fazer férias dele. Toma conta de tudo em nós, envolve-nos como um lençol de tédio, sedoso, infindo. Ninguém fala deste tédio sublime, tão contrário à acção e à eficácia, imóvel inimigo do progresso do mundo. Só no trono do sonho, iluminado e funesto, o amor interessa. Prolongada, a vida torna-se demasiado curta e o amor ganha o ritmo da chuva que bate leve, levemente."





Comprar um livro é uma felicidade, um ritual, um acontecimento. Entro na livraria, geralmente sem saber o que vou levar. Espero que o livro me escolha, de alguma forma. Foi o que aconteceu hoje à tarde, quando vi "Nas tuas mãos", da Inês Pedrosa, romance vencedor do Prêmio Máximo de Literatura. Sei que a leitura será uma viagem de encantamento e delicadeza que vou compartilhar por aqui.



"Nas tuas mãos, originalmente lançado em 1997, é o segundo livro de Inês Pedrosa, uma das vozes femininas mais importantes da literatura portuguesa. No romance, a autora intercala os discursos de três mulheres de uma mesma família, entrecruzando memórias e pensamentos que ilustram três gerações. Mas indo além de seus conflitos íntimos, as personagens Jenny, Camila e Natália também dão voz a um século de mudanças históricas e sociais em Portugal.


Jenny, a avó, escreve um diário sobre as dificuldades do amor e sobre sua difícil relação com António, seu marido, que ela ama sem ser correspondida. Camila, a mãe, rememora, por meio de um álbum de fotografias, sua história de dores e militância política. E finalmente Natália, a filha, escreve cartas para a avó, nas quais expõe sua complicada relação com a mãe e a incansável luta em busca da felicidade."



[Inês Pedrosa nasceu em Coimbra, Portugal. Trabalhou no rádio e na televisão e é diretora da Casa Fernando Pessoa, em Lisboa.]




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