AMORANINHA

Gosto de me saber aprendiz desta vida que, a cada esquina apresenta uma surpresa. As surpresas boas são presentes embrulhados em finos papéis de seda. Mimos delicados para enfeitar os dias. Felicidadezinhas.

E há surpresas que nos fazem tristes. São faces ocultas da realidade que, por vezes, aparecem para mostrar que devemos aprender a lidar com as sombras e com as pessoas.

O caminho mais bonito é sempre o mais iluminado, destituído de pensamentos e energias negativas. Onde desejar o mal do próximo é apagar a sua própria luz. Dispenso pessoas assim, por  absoluta incompatibilidade de alma. 

Rubem Alves, com propriedade, escreveu sobre O Tempo e as Jaboticabas:

“... Sem tempo para lidar com mediocridades. Não quero estar em lugares onde desfilam egos inflados. Não tolero gabolices. Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte... Lembrei-me agora de Mário de Andrade que afirmou: "as pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos". Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.”

Quero caminhos floridos, com trevos de toda cor para desejar sorte aos caminhantes, e a lição primeira será compreender que a sombra é apenas o outro lado da luz, basta mudar o ângulo do olhar.